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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

COSMOVISÕES |Entendendo como os outros pensam.


INTRODUÇÃO

Vivemos num mundo marcado pela pluralidade.
Com esta afirmação, queremos dizer que nossa época é caracterizada pela valorização da multiplicidade, ou, usando uma definição mais contemporânea e midiática, há uma agenda mundial de valorização da diversidade em curso.
As questões sobre a diversidade tem conquistado espaço crescente em nossa sociedade, marcando presença em discussões cada vez mais acaloradas sobre ecologia, cultura, etnia, comportamento, ética, moral e religião.
Assim, não soa estranho que a própria forma de tentar explicar, entender e dar ordem ao mundo seja marcada pela pluralidade. Exemplo: cristianismo, ateísmo, islamismo e hinduísmo são formas diferentes de ver o mundo; são filosofias que defendem pontos de vista diferentes sobre o cosmos. São cosmovisões diferentes.
Desse caldeirão filosófico surgem algumas perguntas: como podem as diferentes filosofias de vida ser simultaneamente verdadeiras se defendem pontos de vista tão antagônicos? Onde está a verdade? Como comprová-la ou experimentá-la? Há questões essenciais sobre a existência que podem nortear o homem na investigação sobre a coerência e consistência de uma cosmovisão?
Sim, há. E são essas perguntas, submetidas a oito cosmovisões, que usaremos para entender porque Jesus é diferente. 
Porém, antes de iniciarmos nossa investigação sobre a consistência (ou não) das diferentes cosmovisões, é necessário definirmos detidamente o que é cosmovisão.

O QUE É COSMOVISÃO?

Simplesmente poderíamos afirmar que cosmovisão é um modo de ver o mundo, mas para o propósito deste curso, usaremos a definição abaixo, retirada do livro O Universo ao Lado, de James Sire:

Uma cosmovisão é um comprometimento, uma orientação fundamental do coração, que pode ser expressa como uma história ou um conjunto de pressuposições (hipóteses que podem ser total ou parcialmente verdadeiras ou totalmente falsas), que detemos (consciente ou subconscientemente, consistente ou inconsistentemente) sobre a constituição básica da realidade e que fornece o alicerce sobre o qual vivemos, movemos e possuímos nosso ser. [1]


[1] SIRE, James. O Universo ao Lado. Ed. Hagnos, p 16.

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